sexta-feira, 23 de outubro de 2009

23 de Outubro de 2009

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Hoje, na Paróquia de Santa Maria Madalena em União dos Palmares, serão crismados cerca de 150 jovens, pelo Arcebispo da Arquidiocese de Maceió, Dom Antônio Muniz.

Parabenizamos todos os crismandos, neste dia tão especial para os cristãos católicos, pela decisão, livre e pessoal, de sua adesão a Cristo e Sua Igreja. Que Deus os abençoe e guarde e que a Virgem Santíssima os conduza.

Fábio.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Filosofia da Música

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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A correta acepção do Ecumenismo

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Num artigo entitulado "Uma avaliação do 'tradicionalismo'", D. Estêvão Bettencourt, OSB, escreve o seguinte:

""Cremos que o Senhor confiou todos os bens do Novo Testamento unicamente ao colégio apostólico, a cuja frente está Pedro, a fim de constituir na terra um só Corpo de Cristo, ao qual é necessário que se incorporem plenamente todos os que, de alguma forma, pertencem ao povo de Deus " (Unitatis Redintegratio nº 3).

Tal noção de ecumenismo é consentânea com o Evangelho, onde o Senhor Jesus pede que seus discípulos sejam um só (Jo 17,21), constituindo um só rebanho sob um só Pastor (Cf Jo 10,16). É muito compreensivel que a Igreja Católica, em nossos dias, empreenda colóquios teológicos, sessões de estudo, jornadas de orações... para dissipar mal-entendidos existentes entre os cristãos e favorecer a volta dos irmãos separados ao único rebanho entregue a Pedro. O que importa, é evitar o relativismo ou o falso irenismo, ou seja, concessões feitas em detrimento da são doutrina ou da Moral católica:

"É absolutamente necessário que a doutrina inteira seja lucidamente exposta. Nada é tão alheio ao ecumenismo quanto aquele falso irenismo, pelo qual a pureza da doutrina católica sofre detrimento e seu sentido genuíno é obscurecido" (ib. nº 11).

O autêntico sentido do ecumenismo tem sido deturpado pelo falso irenismo (= pacifismo), de que fala o Concílio (Vaticano II). Assim, por exemplo, houve quem afirmasse:

"O ecumenismo não é o esforço da Igreja Católica para trazer de volta os cristãos que dela saíram. Esta era a noção vigente antes do Concílio Vaticano II... Ecumenismo é o esforço de aproximação entre as várias confissões cristãs em direção à perfeição de Cristo" (Frei Leonardo Martin e Frei Sergio Calixto Valverde, em "O Estado de São Paulo", 1/6/88)

Esta noção, que prescinde de referência a Pedro e à Igreja Católica como dispensadora da plenitude dos meios de salvação, é falha e ilusória. Contra ela podem insurgir-se os fiéis católicos em geral."

D. Estêvão Bettencourt OSB, Uma Avaliação do Tradicionalismo


É importante que se fique claro o seguinte:

Quando falamos de "Ecumenismo", nos situamos forçosamente dentro da esfera de denominações cristãs, ou seja, fazemos referência ao diálogo da Santa Igreja Católica com comunidades eclesiais protestantes. Se se trata, ao invés, do diálogo da Igreja Católica com movimentos não cristãos, temos, então, não o Ecumenismo, mas o "Diálogo Inter-religioso".

Mantendo-nos ainda na questão do Ecumenismo, vimos que há uma interpretação grosseira que em nada se coaduna com a intenção da Igreja: o relativismo e o falso irenismo, que originam o sincretismo.

O relativismo consiste em considerar as partes em diálogo como dotadas de mesmo valor. Assim, o diálogo entre católicos e protestantes seria uma conversa entre denominações de igual credibilidade, onde a Igreja poderia abrir mão de sua doutrina em nome da unidade. Esta interpretação é totalmente avessa à Fé que entende que a Igreja Católica é a única Igreja instituída por Nosso Senhor e, por isso mesmo, a única que contém a plenitude dos meios de Salvação. De fato, como já proclamado dogmaticamente no IV Concílio de Latrão "Extra Ecclesiam Nulla Sallus" (Fora da Igreja não há Salvação), e quem duvida de um dogma da Igreja, evidentemente, não é católico. Embora aparentemente pretensiosa, esta afirmação se baseia na clareza com que a Igreja foi dotada pelo seu Fundador e pela autoridade que dEle recebeu: "Quem vos ouve, a mim ouve, e quem vos rejeita, a mim rejeita" (Lc 10,16).

O sincretismo seria a consequência do relativismo, ou seja, uma mistura disforme de vários corpos de doutrina,  o que consistiria num supremo desrespeito para com a Verdade revelada por Nosso Senhor. Neste sentido, como bem elucidou a Nova Encíclica do Papa Bento XVI, a Caridade não existe sem a Verdade; por isso, não podemos abrir mão da Verdade em nome de uma suposta "unidade", o que caracterizaria o "falso irenismo" de que fala D. Estêvão.

Enfim, para que haja Ecumenismo na sua correta acepção, é preciso observar três pontos essenciais:

1. Não considerar a doutrina católica com relativismo nem igualá-la aos erros protestantes;
2. Expor claramente a doutrina católica sem concessões;
3. Ter a intenção da conversão da parte não católica.

Sem estas orientações não há reto ecumenismo, mas relativismo, uma desrespeito terrível à Igreja, e ao Seu Fundador que disse "Ego Sum Veritas" (Eu sou a Verdade).

Fábio Luciano.